segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Chester Lancellot, dublê de gatos

Esse é o Chester L. lagarteando ao sol da tarde, ele é mais conhecido como dublê do Buster K.
Já me disseram que o Buster era fruto da minha imaginação, que era um gato virtual... que ele não existia. Realmente poucas pessoas tiveram a honra de conhecer o grande
Buster Keaton.
Ele tinha medo e eu o deixava em seu esconderijo secreto, na sua Buster caverna.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Freddy, o Krugger

Realmente o Freddy me fascina, um remake está sendo anunciado...
Aguardo!

Sweet Dreans

Je t'adore, memê très fatigue!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Buster Keaton, mon chat, mon ami

Um dia prometi ao Buster que quando ele partisse eu o cremaria e,
quando eu me fosse também seria cremada e as nossas cinzas misturadas.
Abaixo a urna do Buster, bom eu ainda estou por aqui...



La femme Nikita

Nikita pós cirurgia, ao lado Niki e a pequenina Amélie se aquecem no calor do monitor

La belle Nikita, talvez tenha aprendido a pedir comida vivendo nas ruas do Tatuapé.
Moço eu tô com fome...

La ' fome' Nikita pede comida logo após ter jantado sua deliciosa ração!

Desde 2002, Nikita vive aqui em casa. Ela apareceu na mesma casa no Anália Franco, em que a Penélope, alguns meses depois. Meus
colegas de trabalho disseram que a gata branca ligou para os outros gatos para falar que havia uma mulher que levava gatos para casa.
Ao contrário da tímida Pepita, Nikita é cara de pau. Entrava e saía da casa pela porta da frente ou pela janela, sempre que tinha chance. Algumas vezes dormia nas cadeiras das pessoas, sob a mesa. Nem todos gostam de gatos, então nesses momentos ela era acordada aos gritos.
Eu comprei um pacote de ração para alimentá-la e, tentava convencer a Bete Monta a ficar com ela, eu dizia para ela que a gata ia para a Febem dos gatos, já que eu havia adotado a Pepita há poucos meses e tinha o querido Buster K. A diagramação ficava na garagem, havia um
quintal no fundo com um canteiro e, uma grande porta de vidro que separava a garagem do quintal. Lá havia muitas caixas empilhadas, a
Preta ainda sem nome, dormia sobre as caixas sua siesta felina.Pela manhã eu era uma das primeiras a chegar na diagramação, quando
dormia nas caixas ela me via através da porta e miava, eu colocavasua comida e trocava sua água, quando me virava para entrar ela mordiscava minha perna, pedindo para eu ficar. Ela queria carinho. É! ela
me adotou. Decidi levá-la para casa, no dia em que ela se esfregou na perna de um cliente que foi ver as peças que ficavam no quintal, sua
pedindo atenção. Antes de ir obedeci ao mesmo procedimento que o da Pepita, pet shop: vacina, banho, vermífugo, etc. Alguns meses
depois começou a ficar bem gordinha, que linda está se recuperando... não fossem os carocinhos que tinha na barriga... Ela estava esperando
gatinhos! Que presente! Niki é uma mãezona, ensinou os gatinhos a usarem a caixa de areia sanitária e a beber águano tanque. Ela os preparou bem! Por causa da cria não podia ver a Branca nem de longe, o Buster tinha uma paciência, ele com certeza está no céu dos gatos.
Nasceram seis filhotes, três machos com pelagem de siâmes e três gatinhas tigradas (duas beges e uma cinza).
Lindos! Quando o Buster faleceu alguns meses depois que eles nasceram, fiquei muito deprimida foi uma perda muito dura, meu grande
amigo de 14 anos, assim um dos filhotes acabou ficando aqui em casa o Nino Q. Hoje a preta atende por Nikita, é muito pidona, quer
comer tudo que a gente estiver comendo. Não importa, ela pede. Sempre penso como a Nikita é uma vencedora. sobreviveu a vida na rua e
não é nada arisca, parece que a vida inteira ela foi minha, creio que ela nunca tenha tido um lar antes, ou um dono.
Eu a chamo de Vidinha.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Viva o ócio sonolento e noturno

Semana passada começou bem!
Cinema na segunda-feira A Partida, quarta-feira teatro, com a peça Gardênia, uma adaptação livre e criativa inspirada na obra de Gabiel Garcia Márquez, Amor nos Tempos do Cólera, com Cybele Jácome e Luis Mármora que pertencem ao grupo teatral El Otro Nucleo de Teatro e a ajuda de dez retroprojetores e cortinas. Direção de Marat Descartes. Quinta-feira teatro com a peça musical bem divertida sobre a vida de Noel Rosa. A peça regada à cerveja e ao bom samba da época, tem Glau Gurgel na bela interpretação de Noel, acompanhado por onze atores da Cya Grita Absoluta, da qual também faz parte e, do grupo de samba JB.
O texto e a direção é de Cybele Giannini.
Ah e sexta? Voltei para casa cedo senão meus
gatinhos iam me dar as contas.
Agora essa semana começou bem preguiçosa.
Viva o ócio sonolento e noturno, Viva o Dantas! Viva Almada Negreiros!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Okuribito - A Partida

Tarefa nada fácil de Daigo (Masahiro Motoki), que emprego esse músico violoncelista poderia conseguir ao ver a Orquestra em que tocava dissolvida? De volta à sua cidade natal, há muito que aprender pelos caminhos da vida e em como ela nos guia. Esse grande filme, sensível na medida, tem senso de humor correto e sútil. A vida ensina e a morte também. O respeito, a compreensão e a nobreza. Pode existir atitude mais nobre que o respeito?
Direção: Yojiro Takita, 130 min, 2008.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Café noir

Essa triste cafeteria gris, parecia tão abandonada no outono,
que nem eu me atreveria a entrar e pedir um café...

O Porto, Portugal

Pour moi

domingo, 7 de junho de 2009

Um Homem de Moral


Exibido em poucas salas e com horários restritos, Um Homem de Moral
estreou na sexta-feira 5 de junho. O documentário presta homenagem a Paulo Vanzolini, médico, zoólogo, compositor e letrista, o autor de Ronda, nunca considerou-se profissional como compositor.
Com comentários bem-humorados, vai contando as histórias de suas composições, por meio de depoimentos do próprio Vanzolini cuja memória surpreende aos 80 anos.
Mescla cenas de ensaios, documentários, da cidade de São de Paulo e de pessoas anônimas que circulam pelas ruas e pela noite paulistana, mostra pessoas famosas que interpretaram suas canções num tributo realizado no Sesc Vila Mariana, entre elas Chico Buarque, Paulo Nogueira e Paulinho da Viola.
Sem dúvida o público desse documentário não será muito jovem, mas há muito de jovialidade nas risadas causadas pelos causos do senhor Vanzolini.
Ao fim todos na plateia aplaudiram.
Direção de Ricardo Dias, 84 min, 2009.
Não perca!




quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sob o céu de outono


Esse céu azul engana mesmo, não fosse o vento, seria verão?
Desfolhadas no inverno, essas árvorezinhas eram minhas vizinhas.
O Porto/ Portugal/ um inverno qualquer

quinta-feira, 28 de maio de 2009

La Ventana

Hoje fomos assistir A Janela, de Carlos Sorín (O Cachorro e Histórias Mínimas que eu lamentavelmente não assisti). Gosto muito do trabalho desse diretor. Ele trata de temas delicados como a solidão e as relações humanas. O filme é sensível, tem bela fotografia e trilha sonora bastante agradável. Antônio um escritor com mais de 80 anos, doente aguarda a visita do filho que vive na Europa.
É interessante como as pessoas vão passando pelas nossas vidas, algumas deixam cicatrizes, outras marcas profundas, outras não deixam nada, mas talvez levem alguma de nossas marcas, quem sabe!
Assistam ao filme!
Meninas obrigada pela companhia!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Entre les Murs

Pour moi
"Entre os Muros da Escola", fala da convivência na sala de aula, de uma escola suburbana de Páris, da luta dos professores em ensinar, das dificuldades dos alunos na aprendizagem que esbarra no cotidiano de filhos de imigrantes à procura de uma identidade e aceitação cultural.
Entre les Murs, 2008
A direção é de Laurent Cantet.
O filme é baseado no livro homônimo do jornalista e professor François Bégaudeau,
que faz o papel central.
O Espaço Unibanco Augusta tem uma promoção toda quinta-feira o ingresso custa
R$ 5,00 ou R$ 2,50
(para estudantes ou correntistas do Itaú ou Unibanco). A gente se vê lá!

Vik Muniz: imperdível

por Beth Nito

A exposição de Vik Muniz é um convite ao descondicionamento do olhar: "Olhe à sua volta: há um mundo de coisas para as quais você não dá a menor importância". Convida o texto à entrada.
Aberta ao público no dia 24 de abril, no Masp, a mostra que reúne

131 obras, comemora os 20 anos de sua carreira e, já passou pelos Estados Unidos, Canadá, México e Rio de Janeiro.
No espaço bem iluminado, destinado à exposição as paredes brancas ou em tons alaranjados dão um leve contraste valorizando as montagens das reproduções. A curadoria é do próprio artista, Vik utiliza materiais inusitados como a poeira, o lixo, o diamante, a calda de chocolate, ou a tinta a óleo, sem o óleo de linhaça.
O resultado surpreende. A mostra dividida em séries - às vezes leva o nome do material empregado, como "Linha" ou "Papel" - são criações do prórprio Vik ou releituras a partir de obras de nomes consagrados na fotografia ou na pintura, como na série "Sucatas" onde ele faz uma leitura de Bosch e Caravaggio, ou nas Monalisas de geleia ou pasta de amendoim,
"A partir de Warhol".
Em um primeiro momento as imensas ampliações devem ser vistas à distância, para depois de degustá-las de perto, deixar que a surpresa se revele ao descobrir o material escolhido por Vik.
Como estava escrito em uma das legendas: "Ver é acreditar".


No Masp até 12 de julho



domingo, 17 de maio de 2009

Penélope, a charmosa

Sob os olhares atentos de Buster, Penélope bagunça a casa logo que chegou
e sete anos depois mais gordinha dorme ao sol da tarde

Desde que Spill fugiu, deixando-nos sós, Buster ficou solteiro por um longo tempo, ele que era muito medroso, chegava amigo, companheiro, muito carente e carinhoso. Um dia apareceu na minha vida, uma gata branca jovem, porém adulta. Ela estava no telhado da casa, antigo endereço da Editora onde trabalho, o Rafa foi quem a tirou do telhado. Supostamente ela teria sido abandonada pelos donos que se mudaram de uma
casa (no Jardim Anália Franco) para um apartamento (prefiro acreditar que ela tenha escapado na mudança).
Levei-a para casa e Buster ganhou nova companhia.
Dizem que os gatos escolhem seus donos, então eu me
considero uma mulher de muita sorte!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lugar certo

Por sua causa minha geladeira nunca fica vazia!

Céu de verão

Manhã de outono, rua deserta e luzes apagadas

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sorrizinho

Olha a Tigrinha, filha da Nikita, ela ria de alguma
piada contada pelos seus irmãos

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pela vizinhança

Acho que a palavra que mais expressa a região em que moro é diversidade

A foto é minha, mas o Sé refez uma parte que estava apagada, ficou perfeita


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dia do trabalho

Já dizia o poeta: distraídos venceremos!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Spill Kid & Buster Keaton apresentam

Spill era tão pequena quando foi encontrada que cabia na palma da minha mão, muito amiga lambia as minhas lágrimas quando eu chorava. Pequenino BusterK, tinha muito medo, tentou fugir no dia em que o encontramos, dava para sentir suas costelinhas. Spill e Buster casaram-se.
Mas, um dia não se sabe a razão, Spill fugiu. Buster faleceu aos 14 anos em 2002. Como prometi que nunca mais o abandonaria, suas cinzas estão guardadas numa urna aqui em casa.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Da minha janela

“O tempo não deixou nada para sustentar meus olhos e meu coração”
Do filme O Tigre e a Neve

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Maçãs

Maçãs haikai, acreditem essas maçãs são reais.
Foto Beth Nito

sábado, 25 de abril de 2009

Batman, filho de Buster e Spill, é herói de HQ
e sob o carro, na penumbra só se vê os olhos do Paçoca

As tigrinhas irmãs do Nino e filhas da Nikita
e o dorminhoco Nino filho

Esses gatinhos que viviam na região da Ribeira,
estavam lagarteando ao sol da primavera




sexta-feira, 24 de abril de 2009

Cinema solo

Ainda vou descobrir a razão pela qual os filmes com títulos estranhos me atraem como:
Gosto de Cereja, Camelos também choram, A Lula e a Baleia, A encantadora de Baleias,
Tartarugas podem voar e, por aí vai...
Hoje lembrei-me da primeira vez em que fui ao cinema sozinha, Mad Max! Na verdade foi um acidente, eu havia combinado com uma amiga e ela furou. Naquele tempo não tinham inventado o pager e menos ainda o celular. Existia os orelhões que funcionavam com fichas. Não desisti e assisti ao filme, sossegada e sem ninguém me chatear, foi em Mogi das Cruzes, o cinema agora virou igreja evangélica, como quase todas as salas de cinema espalhadas pelo interior, lamento...

Tenho um problema sério, muitos filmes dos que eu gosto possivelmente não serão lançados em DVD.
Penso melhor não arriscar. A experiência se repete até hoje, simplesmente não deixo de ver um filme no cinema por falta de companhia.
Ando muito interessada em filmes, asiáticos. Gosto de ver a vida que acontece em meio ao conflito, algumas alheias tentam passar despercebidas, às vezes a vida que sobrou da guerra é nada ou quase nada. A vida segue paralelamente, será que as pessoas acostumam-se de verdade, ou o fazem para tornar a vida mais suportável?


Cada um com seu cinema .

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Através da janela a gata madrilenha branca olha ao seu redor

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Gatos de papel

Nikita mata sua sede, enquanto Nino Q e
Penelope Charmosa tiram um cochilo



Amélie Poulain e Spill Kid, nunca se conheceram


Banho de sol matinal de Buster Keaton



por Beth Nito

Certo dia, numa pequena, cidade no interior de São Paulo, onde eu morava com meus pais, mudou-se para a casa ao lado da nossa uma velha de aspecto medonho. Os boatos que corriam nas bocas dos meninos sobre a velha bruxa, que morava no número 76 da nossa rua
eram de fazer tremer qualquer um.
- Ela pode adivinhar o futuro. Se alguém duvidar manda uma
maldição contra a pessoa!
- Ah, ela é conhecida como a velha dos setenta gatos de papel!
- Eu também ouvi dizer que ela foi expulsa de Alenquer por transformar os gatos da cidade em gatos de papel. Será verdade?
- A velha pobre coitada, mal colocava os pés na calçada, os meninos todos puxam-se a correr, deixando a rua deserta.
Numa tarde chuvosa, minha mãe saiu com minha tia para resolver coisas pendentes no cartório da cidade. Meu pai estava em seu escritório e eu estava sozinho em casa assistindo televisão. Da sala, ouvi baterem à porta que dava direto para a rua. Abri-a e, branco e estático de medo, quase caí para trás quando vi a velha, bem ali à minha frente. Veio pedir, num tom quase inquisitório, que eu fosse à sua casa ajudá-la a trocar uma lâmpada que havia acabado de queimar por causa dos relâmpagos. Minha vontade, naquele instante, era de lhe dizer não, fechar a porta e esconder-me no meu quarto até minha mãe ou meu pai voltarem. Mas as palavras não saiam da minha boca. E eu ali parado, frente à velha, não pude dizer não. Estava longe dali, de mim, sozinho com apenas algumas palavras que martelavam minha cabeça: “maldição, gatos de papel”.
Ao entrar na sala ainda havia muita luz. Minhas pernas estremecidas mal conseguiam sair do lugar. Em silêncio, acompanhei a velha até o porão.
- Que escuridão, pensei. Claro que o fato de estar com medo fazia com que aquele compartimento da casa da velha ficasse mais escuro e tenebroso.
E os gatos? Pensava eu.
A velha aproximou-se e acendeu uma vela que iluminou o seu rosto cheio de rugas e marcas esculpidas pelo tempo.
- Aahh! Gritei assustado e quase subi a escada a correr, não fosse a velha a segurar-me pelo braço. Acalmei-me e ela sorriu, sem alterar
a sua fisionomia esquisita.
Na saída, não me contive e deixei escapar uma pergunta:
- E os gatos? Calei minha boca com as mãos.
A velha fitou-me nos olhos. Um olhar que mesclava ódio e desprezo. Empurrou-me para fora de sua casa e nem sequer me agradeceu.
Ainda chovia forte quando, com medo de voltar à minha casa, resolvi antes ir a do meu amigo Toninho e contar-lhe o que aconteceu e que na casa da velha não havia um único gato.
- Os gatos são transformados em papel. Deviam estar guardados dentro de alguma gaveta, só sei que o gato do Luisinho desapareceu, dizia-me o Toninho, alvoroçado.
- Arghh! Fiquei tão arrepiado que sentia meus cabelos em pé.
Durante os meses seguintes, permaneci com medo de me encontrar de novo com a velha, mas também com uma enorme vontade de descobrir a verdade sobre os gatos. No entanto, como se adivinhasse a minha intenção, a velha mudou-se para outra cidade e o assunto morreu por ali.
O tempo decorreu tranquilo e já ninguém habitava o número 76 da nossa rua. Nem eu nem
os meus amigos deixávamos mais a rua a correr assustados.
Num certo domingo, quando já passado quase um ano, fui com minha família almoçar e passar à tarde na casa de um tio em Sertãozinho. Após o almoço, eu e os meus primos brincávamos na rua, uma rua sossegada e com árvores e, muito íngreme. Jogávamos bola. O meu primo mais novo, desajeitadamente, lançou a bola rua abaixo, corri para alcançá-la antes que chegasse à avenida, que eu via cada vez mais próxima. Quase sem poder parar eu só via o chão daquela rua passar rapidamente sob a sola gasta do meu conga, quando alguém atravessou a minha frente. Tropecei e fui dar de encontro ao chão. Olhei para os lados e a bola havia sumido. Quando levantei a minha cabeça, ainda atordoado, pude ver bem ali, diante dos meus olhos, a velha bruxa segurando a bola com uma das mãos. Num pulo ergui-me boquiaberto. A velha estendeu a mão para me devolver a bola, olhando-me fixamente nos olhos outra vez. Agarrei-a e já preparando-me para correr reparei que na outra mão a velha segurava um recorte. Era um gato de papel, amarelo e branco.

Esse pequeno conto foi escrito em terras lusitanas, na cidade de O Porto, em homenagem ao Buster K,
meu gato e amigo que esperou pacientemente o meu regresso e, também a todos os gatos que transformei
em papel através das lentes de minhas câmeras fotográficas.