Minha Penélope, há 11 anos você entrou na minha vida. Não sei quantos anos você tinha, acho que no mínimo 12. Encantadora, com um jeitinho especial, olhar apaixonado, delicada e vaidosa.
O Nino adorava pular por cima de você e tentar derrubá-la, muitas vezes ele passava direto, e vc se abaixava e, ele passava no ar.
Parava na nossa frente e miava bem baixinho, esperava o convite para subir no sofá, ajeitava-se no cantinho e olhava atentamente à tv, durante um bom tempo até pegar no sono.
Quando vc se foi, eu a segurei nos braços pela última vez, minha amiga, minha vida, minha gatinha querida.
Minha vida ficará mais triste, eu ainda vejo você pelos cantinhos da casa, dormindo, andando no corredor e fazendo charminho, parando e olhando meio de lado esperando que eu fosse atrás de você.
Quando acordo ou quando chego em casa já não posso te chamar e ser atendida.
Tantos gatinhos e gatinhas já passaram pela minha vida, uns sumiram, outros viveram comigo até o fim de suas vidas, mas eu me lembro de cada um com carinho e saudade. Nenhum era igual no jeito, nas feições, nem mesmo no modo de andar... Você não é substituível...
"Quando olhar para o céu do Brasil
Repara bem que pintou
Alguém que brilha e sorri
Dói de tanto medir a distância
Saber que não vou te tocar
Além da lembrança
A tua falta é sol sem calor
E está aqui mas se foi
Virou estrela, a nossa estrela do céu"
No céu com diamantes, Beto Guedes